sex 20 nov 21H30
MÚSICA 5€ | 3,5€ [C/DESC. HABITUAIS]
PASSE GERAL ESTARREJAZZ 7,5€ | 5€ [C/DESC. HABITUAIS]

ORQUESTRA DE JAZZ DE MATOSINHOS

HOMENAGEM A COUNT BASIE
ESTARREJAZZ'09
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Saxofones: Mário Santos, João Pedro Brandão, José Luis Rego, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompetes: Rogério Ribeiro, Susana Silva, Gileno Santana, José Silva
Trombones: Paulo Perfeito, Daniel Dias, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias
Guitarra: Virxilio Silva
Piano: Pedro Guedes
Contrabaixo: Zé Carlos
Bateria: Michael Lauren

Criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) tem vindo a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas do jazz português actual.

Sob a direcção de Carlos Azevedo e Pedro Guedes e constituída por alguns dos melhores músicos de jazz da região norte do país, a orquestra desenvolve uma linha de orientação que privilegia, por um lado, a criação de um repertório próprio e, por outro lado, a organização de projectos específicos para os quais vem convidando solistas e maestros de relevo internacional, tais como Ingrid Jensen, Bob Berg, Conrad Herwig, Stephan Ashbury, Carla Bley, Steve Swallow, Gary Valente, Mark Turner, Rich Perry, Dieter Glawischnig, Chris Cheek, Jordi Rossi, Lee Konitz, Ohad Talmor, Rich Perry, Nick Marchione, John Riley, Perico Sambeat, John Hollenbeck, Dee Dee Bridgewater, Jim McNeely, Kurt Rosenwinkel, Joshua Redman ou Maria Schneider, entre outros.

Neste concerto homenageiam-se três nomes pioneiros à frente das suas orquestras: Andy Kirk, Benny Carter, Chick Webb.
Na escrita dos arranjos, dão cartas Mary-Lou Williams, Eddy Durham, Edgar Sampson e mais tarde Neil Hefty. Mas Basy é agora o "Count", a grande personalidade desta noite.

Destaca-se o concerto de encerramento da Porto 2001 preenchido com obras encomendadas a autores portugueses e a participação dos solistas Ingrid Jensen, Bob Berg e Conrad Herwig. No ano seguinte, em conjunto com o Remix Ensemble, é recriada uma obra de referência da dupla Miles Davis/Gil Evans – Sketches of Spain – com direcção de Stephan Ashbury. Em 2003, é a vez de Carla Bley ser convidada para dirigir obras suas no Festival Obra Aberta (Casa da Música), concerto no qual participaram também Steve Swallow e Gary Valente. Outros convidados especiais da OJM foram, em 2004 e 2005, Mark Turner e Rich Perry e ainda Dieter Glawischnig, maestro-director da Big Band da NDR.
Mais recentemente, o saxofonista norte-americano Chris Cheek, para além de ter participado na gravação do primeiro álbum da orquestra - Orquestra de Jazz de Matosinhos Invites: Chris Cheek (Fresh Sound New Talent, 2006) no qual colaboraram, ainda, os músicos belgas Bert Joris e Frank Vaganée e o catalão Jordi Rossi - vem actuando como solista principal da OJM em vários concertos relacionados com a divulgação e promoção deste disco.
A culminar esta crescente actividade nacional, já com expressão além fronteiras, merecem especial destaque alguns concertos realizados pela orquestra em vários pontos do país e também em Espanha e, sobretudo, o convite endereçado a Lee Konitz, um histórico do jazz, para uma série de concertos que se prolongou por todo o ano de 2007 e que teve, como momento mais alto, a participação da OJM num concerto especial realizado no JVC Jazz Festival (Carnegie Hall, Nova Iorque, Julho de 2007) e comemorativo do 80º. aniversário do grande saxofonista. Sublinhe-se que esta foi a primeira vez que uma formação instrumental portuguesa participou num festival de jazz norte-americano desta dimensão, tendo-se ainda seguido uma actuação no clube Jazz Gallery, também de Nova Iorque
A produtiva colaboração com Lee Konitz deu origem à gravação de um segundo álbum da orquestra – Portology – já editado pela Omnitone norte-americana e no qual, sob a direcção de Ohad Talmor, a OJM interpreta algumas peças clássicas e outras inéditas deste mestre notável, um projecto que se estendeu, em Outubro, à realização de dois concertos em Portugal (Casa da Música) e em Itália (Teatro Manzoni).
Ainda significativa quanto à diversificação da actividade e rumo assumidos pela OJM, foi a decisão de desenvolver durante o ano de 2007 um conjunto de projectos específicos dedicados ao repertório de compositores e arranjadores de referência.
O primeiro destes projectos - Thad Jones & Bob Brookmeyer – Do Classicismo à Modernidade - teve lugar em Março, através de dois concertos realizados no Porto (Casa da Música) e Almada (Teatro Municipal), tendo como objecto a obra destes dois grandes arranjadores e directores de orquestra do jazz moderno e contando com a participação especial de três músicos norte-americanos: Rich Perry, Nick Marchione e John Riley.
Em Junho, foi a vez do jazz para grande orquestra do país vizinho ser pela primeira vez divulgado em Portugal num concerto especial - E a Espanha Aqui tão Perto - realizado na Casa da Música e que contou com a participação de Perico Sambeat como solista principal em obras do próprio saxofonista e ainda de Vicens Martín, Lluis Vidal ou Miguel Ángel Blanco.
Convidada pelo ciclo Jazz no Parque (Serralves), a OJM apresentou ali, em Julho, um outro projecto exigente – John Hollenbeck ou Uma Nova Ideia de Big Band – para o qual convidou, como solista e director da orquestra, o destacado baterista norte-americano, um dos valores mais firmes e criativos do novo jazz para grande orquestra.
Por último, a encerrar o ciclo de projectos desse ano, a OJM é o suporte orquestral para o regresso da cantora norte-americana Dee Dee Bridgewater ao formato com que iniciou a sua carreira: a big band. No concerto de Dezembro a realizar na Casa da Música e intitulado A voz cantada: o instrumento mais antigo do jazz, a cantora interpretará um repertório clássico de grandes standards do jazz, com arranjos de Frank Foster, Slide Hampton ou Cecil Bridgewater, sendo a orquestra dirigida por Carlos Azevedo e Pedro Guedes.
Em 2008, depois da importante colaboração de Jim McNeely com a OJM (piano e direcção) na interpretação de várias obras suas no festival Matosinhos em Jazz 2008, a OJM apresentou um outro concerto no CCB de Lisboa preenchido com obras para big band de autores portugueses e o grande guitarrista norte-americano Kurt Rosenwinkel foi seu novo convidado especial em dois concertos nos Encontros de Jazz de Oeiras e na Casa da Música.
Ainda nesta sala, a OJM associou-se pela primeira vez à Orquestra Nacional do Porto para a realização de duas obras para orquestra sinfónica e orquestra de jazz, de Rolf Liebermann e Duke Ellington, tendo 2008 culminado com o concerto comemorativo da reabertura do Cine-Teatro Constantino Nery (Matosinhos), no qual a orquestra estreou repertório novo tendo como solistas principais três saxofonistas-tenores de primeiro plano: os seus conhecidos Chris Cheek e Ohad Talmor e ainda o consagrado Joshua Redman.
Já em Maio de 2009, certamente num dos melhores concertos do ano jazzístico português, a OJM concretizou uma das suas maiores aspirações: interpretar a música fabulosa da compositora norte-americana Maria Schneider num concerto que, sob a direcção desta, foi integrado no Matosinhos em Jazz 2009.