sex 14 dez 21H30
sáb 15 dez 21H30
dom 16 dez 16H00

DANÇA 5,00€ | 3,50€ [C/ DESC. HABITUAIS]

CARUMA

PELA COMPANHIA INSTÁVEL
UM PROJECTO DE ARTE COMUNITÁRIA COREOGRAFADO POR MADALENA VICTORINO E C/ MÚSICA DE CARLOS BICA
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Coreografia: Madalena Victorino, em co-criação com:
Música: Carlos Bica (composição musical e interpretação) e Mário Delgado (interpretação)
Intérpretes: Ainhoa Vidal, Pedro Ramos, Sophie Leso, Susana Gaspar, Tânia Matos
Assistência Artística: Marta Silva
Assistência Dramatúrgica: Inês Barahona
Desenho de Luz: Horácio Fernandes
Professora de Voz: Lúcia Lemos
Participação Especial: Giacomo Scalisi
Co-produção: Companhia Instável, Culturgest e Teatro Nacional S. João
Projecto Financiado por: Ministério da Cultura/ Direcção Geral das Artes
Companhia Instável Direcção: Ana Figueira
Produção: Joana Martins
Direcção Técnica: Ricardo Alves
Operação de Luz: Nuno Domingos
Consultores Artísticos: Marta Silva e Pedro Carvalho

Caruma são folhas secas em forma de flecha que descem dos pinheiros, vestem o chão e picam. Caruma é um espectáculo com uma dimensão privada e outra pública, em que ambos os espaços se misturam numa paisagem que mexe.

É sobre o que está na margem e no centro.

Pessoas da rua, bailarinos e músicos põem o público em contacto com uma comunidade que é a sua, confundindo-o e iluminando-o nessa ideia de unir o centro da sua cidade às margens da arte.

O público, uma parcela dessa comunidade, revê-se e descobre-se, adiciona algo de seu ao espectáculo sem o saber previamente. Testemunha a transformação dos seus pares que nessa noite são outros.

Pequenos ninhos de público envolvem acções feitas em formato de conluios, conversas de saleta, solos dançados e contados, onde a intimidade da relação espectáculo / público se acende.

Caruma poderá ter 7, 27 ou 57 intérpretes, dependendo de quem se alistar na aventura de participar neste espectáculo de arte comunitária. Haverá sempre 7 intérpretes fixos vindos dos universos do teatro, da dança e da música que, na ausência de voluntários, asseguram o espectáculo fazendo tudo, preenchendo o vazio com o sonho que tivemos de ter ali alguém da população.

Caruma é um espaço para anjos nascidos da terra e humanos caídos do céu. Bailarinos, música, acções em catadupa saem de um tapete de caruma. Emergindo do centro da vida, recontam-se no fluxo de um tempo musical.

Procuramos pessoas que gostem de se apresentar em palco, realizando uma série de tarefas simples de movimento e usando também por vezes a palavra, que ajudam o público a visitar os mundos da Dança, do Teatro, e da Música. Caruma será um espectáculo aberto à participação da população, desde crianças muito pequenas até pessoas idosas:

- mães ou pais com filhos em fase de começar a andar (entre 1 ano e meio e 2 anos de idade), 

- rapazes, de 11/ 12 anos, que pratiquem teatro, ginástica, karaté, judo ou natação,

- homens e mulheres entre os 20 e 50 anos, e

- pessoas que tenham entre 65 e 75 anos.

Este grupo de voluntários, de várias idades, ajudará o público a compreender a relação estreita de beleza entre corpos pequeninos que experimentam o movimento pela primeira vez, acompanhados dos seus pais, os corpos treinados dos bailarinos, os corpos de crianças e adolescentes em plena força da vida e os mais cansados de pessoas com mais idade.

Sendo um trabalho de relação com a comunidade, este espectáculo será criado a partir de uma residência artística. Assim será requerida disponibilidade de tempo e de deslocação até ao Cine-Teatro nos dias 10, 11, 12 e 13 de Dezembro (em horário ainda a definir), sendo também necessária presença nos três espectáculos, que acontecerão nos dias 14, 15 e 16 de Dezembro.

Solicitamos a quem estiver interessado, o favor de, entrar em contacto com o Cine-Teatro pelo telefone 234811300 (Segunda a Sexta-feira, 9h30-13h00 e 14h00-17h30), para inscrição num primeiro encontro a realizar-se no dia 19 de Novembro, segunda-feira, pelas 19h, no Cine-Teatro.

Companhia Instável

A CI é um projecto apoiado pelo Ministério da Cultura, cujos objectivos se centram no desenvolvimento da dança contemporânea do país e da cidade e na criação de oportunidades profissionais a intérpretes de dança contemporânea.

Anualmente, um coreógrafo de renome internacional é convidado a criar para e a partir de um conjunto de jovens intérpretes seleccionados por audição, que entrarão em residência coreográfica ao longo de dois meses, para depois apresentarem o trabalho final em palcos nacionais e internacionais.

Os coreógrafos convidados pela CI foram: Amélia Bentes, Nigel Charnock, Jamie Watton, Bruno Listopad, Ronit Ziv, Javier de Frutos, Wim Vandekeybus e Rui Horta.

O projecto tem tido um desenvolvimento crescente, nomeadamente em 2004/ 2005 com a co-produção com a Companhia Belga Ultima Vez e com o trabalho de Wim Vandekeybus, tendo realizado uma digressão internacional de 64 espectáculos em 33 cidades europeias.

A Companhia Instável tem tido, também, um desenvolvimento em termos de produção, reunindo ao longo destes anos o interesse e envolvimento das seguintes estruturas: Teatro Nacional S. João, Porto 2001, Rotterdam 2001, Rivoli Teatro Municipal, Coimbra 2003 - Capital Nacional da Cultura, Teatro Viriato, CCB, British Council, ANCA (actual TeCA), Câmara Municipal de Portalegre, Casa das Artes de Famalicão, MC/IPAE (actual IA), Festival de Sintra, O Espaço do Tempo, entre outras.

O projecto com Madalena Victorino trás ao percurso da Companhia Instável uma componente de grande valor: a associação entre músicos e bailarinos profissionais e elementos da comunidade, num espectáculo que se renova em cada cidade em que se apresenta.

 

Madalena Victorino

Nasceu em Lisboa em 1956.

Estudou na Escola Alemã de Lisboa.

Entre 1975 e 1977 estudou dança contemporânea na London School of Contemporary Dance e em 1980 obteve o grau de professora de Dança na Universidade de Londres, Goldsmith’s College / Laban Centre for Movement and Dance.

Em 1986 teve o seu filho Frederico.

Vive em Portugal e trabalha nas áreas da coreografia, da pedagogia da dança, das artes na comunidade e na educação assim como as relações entre o teatro e a dança.

Tem coreografado extensivamente para lugares não convencionais, como fábricas, museus, parques de estacionamento, florestas, ruas, etc., com actores, bailarinos, cantores e pessoas não profissionais nas artes performativas.

Coreografou as peças de abertura do Galway Arts Festival na Irlanda (1994) e do Freja Festival, Arhus na Dinamarca (1995).

Em 1991 foi co-fundadora do FORUM DANÇA, associação cultural sem fins lucrativos que promove a dança nas áreas da educação, investigação, coreografia, interpretação e produção artística.

Como principais trabalhos coreográficos destacam-se PROJECTO TOJEIRA (1989), TORREFACÇÃO (1990), O TERCEIRO QUARTO (1991), DIÁRIO DE UM DESAPARECIDO (1992), A FESTA e AUTO-RETRATO COREOGRÁFICO (1993), FOTOCENA e CLOWNS, com encenação de João Brites, ANNA ANNA (1994), SOBREIROS, ALMA 1, ALMA 2, TRANSLATIONS e A DISPUTA, com encenação de João Perry (1995), SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, com encenação de João Perry (1996), ALMA 13 e ESCRITÓRIO (1997).

Actualmente é Assessora para a área de pedagogia e animação na Fundação Centro Cultural de Belém.

É professora convidada de composição coreográfica nos cursos de formação de professores do FORUM DANÇA, e no Curso de Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema.

A convite de Jorge Silva Melo, faz a sua primeira encenação, “DIAS FELIZES” de Samuel Beckett, na Capital / Artistas Unidos, em Abril de 2001.

Entre 2002 e 2004, em conjunto com Giacomo Scalisi, é directora artística do Projecto Europeu de Artes do Espectáculo para um Público Jovem / PERCURSOS. Este é um projecto realizado no âmbito da programação por si dirigida do Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, com apoio financeiro do Programa Operacional de Cultura / POC.