sex 10 abr 22H00

MÚSICA | 5€ | 3,5€ C/ DESCONTOS HABITUAIS

WOK - RITMO AVASSALADOR

TOCÁ RUFAR
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Direcção e Realização: Rui Júnior
Produção Executiva: Mário Santos
Management e Booking: Nuno Santos
Direcção de Actores: Jaqueline Momesso
Figurinos: Sandra Guerreiro
Caracterização: Sérgio Alxeredo
Músicos, Bailarinos e Actores: António Silva, Filipe Henda, Marina Nogueira, Sofia Nogueira, Iuri Duarte, Luisa Leal, Catarina Ascensão, Ricardo Molar, Cláudia Marques, Miguel Simões, Rita Omar

O Bombo como nunca antes visto! Arrepia, surpreende e faz-nos rir! Bombástico!

Estamos no ano de 2223. Estamos a Sul dum rio que outrora acolheu embarcações, mas desde há muito que, encalhadas, empinam a proa num último esforço para respirar. A vegetação apoderou-se novamente do planeta e restam apenas alguns sobreviventes.

De entre os destroços surgem os "Rufinas".

É neste universo que se desenrola a nossa história. Uma viagem e uma procura constantes. Procuram, através do confronto, a verdadeira razão da sua dor. A solidão, o medo e a angústia dão lugar à aceitação e à tolerância. A raiva, a discórdia e a agressão cedem perante a confiança e a solidariedade. O vazio, o desespero e a dilaceração renunciam e nasce o grupo, o clã, a pertença.

Do veterano percussionista Rui Júnior, fundador do Tocá Rufar, este espectáculo tem o Ritmo como pano de fundo. Este é explorado e desenvolvido de diversas formas, conceitos e timbres através dos tambores tradicionais portugueses, da luta de paus e coreografias inspiradas no imaginário tradicional português.

A disposição dos instrumentos no espaço físico e sua exploração como adereços, a movimentação em palco, a cor e as diversas ambiências sugeridas são alguns dos factores que tornam este espectáculo uma experiência inesperada.

O melhor espectáculo português de percussão de todos os tempos!2007 foi o ano da consagração pelas participações em espectáculos de grande notoriedade, como foram os casos dos Trovante e Xutos e Pontapés, ambos no Campo Pequeno. Em 2008, WOK percorreu o país de Norte a Sul numa digressão que contemplou mais de 80 espectáculos. 2009 será o ano da internacionalização do projecto.

O Cine-Teatro de Estarreja apresenta um programa de percussão que incluirá o espectáculo Wok - Ritmo Avassalador no dia 10 de Abril às 22h00, e um workshop de percussão tradicional portuguesa às 16h00 do mesmo dia (sexta-feira, feriado).
A inscrição é livre e deverá ser efectuada com o envio dos seguintes dados, até às 17h00 de 9 de Abril, para o endereço de e-mail cineteatro@cm-estarreja.pt: nome, morada, código postal, contacto telefónico, idade e nível de aprendizagem (inicial, médio, avançado).
Cada inscrição será considerada válida salvo resposta em contrário. Lotação máxima de 30 participantes que poderão assistir ao espectáculo e alguns deles intervirem.


A HISTÓRIA

Estamos no ano de 2223. Estamos a Sul dum rio que outrora acolheu embarcações, mas desde há muito que, encalhadas, empinam a proa num último esforço para respirar. Olhamos para a cidade que se chamou Lisboa e que agora não é mais do que uma paisagem de velhas memórias.

A vegetação apoderou-se novamente do planeta e restam apenas alguns sobreviventes. Acossados e desconfiados, estes vivem em casulos e fortificações por cujas ameias mal ousam se mostrar.

Os confrontos são constantes pois já faz muito tempo que ninguém confia em alguém: são as heranças dos medos, dos absurdos, das horas passadas de castigo, às escuras, dentro do armário com cheiro a naftalina.

De entre os destroços surgem os "Rufinas":

Mae, bisneta da última herdeira de um trono de um país de cujo nome já não existe memória e Yur são inseparáveis. A sua sobrevivência depende do estado de alerta em que sempre se encontram. Mae já viu de tudo e quando tem de intervir, o seu sangue de rainha ferve e o seu peito rosna como um vulcão. Adoptou Yur ainda bébé e protege-o como se fora seu filho. Zenda sobreviveu a uma contaminação com um vírus que jamais foi identificado. Desarranjado, é, no entanto, capaz de reacções velozes pois a isso fora obrigado. Os seus membros superiores são capazes de movimentos que os olhos não acompanham. Yur é seu grande admirador e sonha em conseguir fazer igual. Com o tempo e a aproximação, ainda virá a ser seu pupilo.

Zoika vive em dois mundos: o calor da nostalgia do tempo em que a sua memória vivia enclausurada num armário bafiento e o de viver fora dele. Fora do seu casulo paira a ameaça de Cat. Meia gata, meia pássaro alado, Cat não perde a sua presa de vista, nem um só segundo. Mais do que abocanhar Zoika, Cat gosta de a perseguir. Observa os gatos e prefere manter a sua presa em liberdade: dá-lhe o eterno prazer de a caçar. Protero diz que o seu nome significa " O Leão Verde". Não sabe de onde sabe, pois a escrita já não é e ninguém sabe mais como o saber. É forte como eram esses bichos que existiam, diz-se, inabalável perante tudo pois medo, não tem. Protege os fracos, mas não fere os fortes, a sua opulência impede as investidas. Há muito que observa Zoika e, quando é preciso, defende-a, barrando com o seu esplendor qualquer tentativa de molesta.

Shatur é mudo, mas o seu interior é glorioso. Ele nascera só tronco e um irmão só pernas. Alguém que ele nunca conheceu juntou-os, e cozeu Sha a Thur. Por dentro continuam, no entanto, dois. "Sou dois em um" - diz numa linguagem gestual. Thur teria gostado de beber e dançar, mas Sha tem outra fibra: não passou por tudo quanto passou para correr o risco de voltar a ser apenas metade, isso não. "Raramente se zanga, mas quando o faz, tremem o Carmo e a Trindade" – diz Holok, o seu eterno companheiro de desventuras. Holok teria gostado de conhecer Thur. Acha que talvez tivesse sido melhor ao contrário, talvez tivesse um companheiro mais à sua medida, mais leve, mais brincalhão, menos magoado com a dor. Holok é leve e gracioso, o seu passo é firme e leviano, a sua mente escapa por entre as fugas dos grilhões que a outros detêm.

Dahlia e Fuchsia não sabiam uma da outra. A primeira vez que se viram nem queriam acreditar. Ambas questionaram – "ela sou eu ?...". Sempre estiveram sós, mas desde que se dirigiram a vista, uma nova esperança nasceu: irmã, alma gémea? Duas eus? Buscam-se sempre que podem, atraem-se com convocatórias de encantamento.

Alkas veio do Norte, de longe. Dizem que a cor da sua pele era do Sul, mas, na verdade já ninguém sabe ao certo. Do Sul ou do Norte, a verdade é que Alkas é senhora do seu nariz. Segura as rédeas do seu alqueire, não importa o seu tamanho. "É de fibra" - diz Holok, nunca sabendo de onde lhe vem a memória do que sabe.

É neste universo que se desenrola a nossa história. Uma viagem e uma procura constantes. Procuram, através do confronto, a verdadeira razão da sua dor. A solidão, o medo e a angústia dão lugar à aceitação e à tolerância. A raiva, a discórdia e a agressão cedem perante a confiança e a solidariedade. O vazio, o desespero e a dilaceração renunciam e nasce o grupo, o clã, a pertença.

Mae - Cláudia Marques "Kuka"; Yur - Yuri Isnard; Zenda - Henda Gonçalves; Cat - Catarina Ascensão; Zoika - Rita Omar; Holok - Ricardo Molar; Shatur - Miguel Simões; Dahlia - Ana Nogueira; Fuchsia - Marina Nogueira; Protero - António Silva; Alkas - Luisa Leal