A Voz Humana em cena no Cine-Teatro de Estarreja


SÁB 24 MAR 22H00
A VOZ HUMANA
Jean Cocteau autor
Alexandra Moreira da Silva tradução
Emília Silvestre intérprete
Carlos Pimenta conceção e encenação
Raquel Castro conceção, som e imagem
Dead Combo música original
José Álvaro Correia desenho de luz
Francisco Leal desenho de som
Bernardo Monteiro figurinos
Juliana Rodrigues assistente de encenação/produção
Uma coprodução Ensemble Sociedade de Autores, São Luiz 
Teatro Municipal, Festival Temps d’Images e Teatro Nacional São João

DRAMA | 60MIN.| M/6


Um telefonema atribulado e ansioso desencadeia toda a ação. A Voz Humana, uma adaptação da obra de Jean Cocteau, é um monólogo no feminino encarnado por Emília Silvestre e encenado por Carlos Pimenta. O Cine-Teatro de Estarreja recebe esta crítica às relações humanas no próximo dia 24 de março, mostrando mais uma vez a seleção cultural de qualidade que sugere aos diversos públicos.

“A necessidade de comunicar parece que se está a virar contra nós. Estamos mais sozinhos apesar de tudo”. Estas palavras de Emília Silvestre explicam a intenção do monólogo A Voz Humana. A plateia é convidada a entrar no quarto de uma mulher que está ao telefone com o amante que entretanto a abandonou. O amante não se ouve, não se vê, mas percebe-se que está lá, do outro lado da linha. O que ele diz, a forma como o diz ou a sua aparência cabe ao espectador decifrar e interpretar. Mas A Voz Humana não conta a história de uma mulher deixada e que sofre por isso.

Esta peça, de Jean Cocteau, estreou em 1930 e já na altura queria mostrar como o telefone conseguiu alterar a forma como as pessoas se relacionam entre si. Agora, pelas mãos de Carlos Pimenta e com interpretação de Emília Silvestre, este monologo atualiza-se. Um cenário minimalista (uma cama e uma cadeira) faz com que as atenções não fujam da desesperada mulher, que apenas deseja não perder aquele telefonema. O telefone transforma-se em auricular. Alguns efeitos especiais e a música original dos Dead Combo (que estiveram no CTE a 4 de fevereiro) aumentam a aflição de toda a cena. Mas a moral da história mantem-se: o telefone/tecnologia é o que os une e ao mesmo tempo o que os separa.




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