SÓ(R)RIR 2008 - FESTIVAL DE HUMOR

SEX 22 FEV ~ DOM 02 MAR

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PASSE 1.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 12€
PASSE 2.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 15€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
(PASSES C/ 2.º FIM-DE-SEMANA C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)

SÓ(R)RIR 2008 - FESTIVAL DE HUMOR

O período seguinte ao tradicional Carnaval é de festa contínua no Cine-Teatro de Estarreja, com o Só(R)Rir - Festival de Humor que visa fazer mais que “só rir”, também fazer “sorrir”, com propostas sempre actuais e estimulantes. 
Desde a primeira edição do Só(R)Rir em 2006 que este Festival de Humor não parou de crescer. Na primeira edição do Festival coube ao Rouxinol Faduncho (Marco Horácio) a honra de cabeça-de-cartaz, com o seu fado humorístico. Na segunda edição do Festival destacaram-se as notáveis presenças de Pedro Tochas e do musical brasileiro Tangos & Tragédias (numa curta digressão por Portugal). Este festival registou, em 2007, mais 49% de público que em 2006, com um acréscimo da média de espectadores por sessão na sala principal de 31%.

O Só(R)Rir – Festival de Humor regressa em 2008 com o cartaz mais compacto de sempre (distribuído em apenas dois fins-de-semana), mas onde se constata que cada espectáculo é por si só um cabeça-de-cartaz. Para além da venda de entradas singulares por espectáculo, existe a possibilidade de aquisição de Passe Geral ou de Passes por fim-de-semana do Festival (Passe 1.º Fim-de-Semana 12€, Passe 2.º Fim-de-Semana 15€, Passe Geral 25€, tendo este dois últimos passes a marcação de lugar para Sketches dos Monty Python na 2.ª Plateia ou Balcão). 

O primeiro fim-de-semana abre na Sexta-feira, 22 de Fevereiro, com os sketches do Teatro da Palmilha Dentada, uma jovem companhia do Porto que apresenta o espectáculo O Menos Mau Das Noites Nocturnas De Um Par De Dois, uma mistura de Monty Python, Mr. Bean, Benny Hill e de algumas figuras do universo da banda desenhada.
Segue-se no Sábado, 23 de Fevereiro, a apresentação dos míticos Ena Pá 2000 do carismático Manuel João Vieira. Os Ena Pá 2000 são indiscutivelmente uma das referências culturais de antologia no passado recente de Portugal. No seu percurso orgulhosamente semi-clandestino, esgotaram plateias desde o saudoso Rock Rendez Vous, até ao Pavilhão Carlos Lopes – que rebentou pelas costuras durante o famoso Merdaconcerto – passando com distinção em Coimbra, onde são reis da Queima das Fitas. E não foi à toa que foram convidados de honra para o encerramento da Expo 98. 

No segundo fim-de-semana na Sexta-feira, 29 de Fevereiro, apresentam-se os luxuriantes Vagabond Opera, oriundos dos EUA, numa curta tournée por Portugal que passará por outras salas prestigiadas como o Theatro Circo (Braga), CAE de Portalegre e da Figueira da Foz, ou o Teatro de Vila Real.
No sábado 1 de Março, Os Melhores Sketches dos Monty Python com Bruno Nogueira, Miguel Guilherme, José Pedro Gomes, António Feio e Jorge Mourato, marcam presença numa fase de arranque da tournée deste grande sucesso da adaptação dos textos dos Monty Python por alguns dos melhores actores portugueses de comédia. Esta sessão do espectáculo encontra-se praticamente esgotada, pelo que será realizada uma sessão extra no Domingo, 2 de Março às 21h30. Para aquisição de entradas para a segunda sessão permanecem válidas as promoções dos Passes do Só(R)Rir - Festival de Humor.
No domingo, dia 2 de Março às 16h00, o Chapitô apresenta a sua nova criação para a infância A Aldeia das 4 Casas (cumprindo o calendário habitual de no primeiro domingo do mês o Cine-Teatro ter sempre um evento para a infância / família com entrada livre de um acompanhante adulto por criança). Para portadores de passes do Festival será permitida a entrada de uma criança com o adulto.




SEX 22 FEV 22H00
TEATRO 5€

PASSE 1.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 12€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
(PASSES C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)
COMÉDIA | 120 MIN. (C/ INTERVALO) | M/16


O MENOS MAU DAS NOITES NOCTURNAS DE UM PAR DE DOIS
TEATRO DA PALMILHA DENTADA

www.palmilhadentada.com
Texto: Ricardo Alves e Salgueirinho Maia
Encenação: Ricardo Alves
Interpretação: Ivo Bastos e Rodrigo Santos
Música original: Rodrigo Santos
Desenho de luz: Pedro Vieira de Carvalho
Contra-regra e figuração: Dário Pais


Com este espectáculo, a companhia Teatro da Palmilha Dentada propôs-se reunir alguns dos momentos menos maus dos cerca de três anos de trabalhos desenvolvidos na área dos sketches de humor.

Habitam, também, este espectáculo algumas das personagens e sons saídos da primeira rádio-novela portuguesa com Aloé Vera, O Enigma – emitido pela Antena 1 entre Setembro de 2003 e Junho de 2004 e no o programa de humor informativo Palmilha News.

O Menos Mau das Noites Nocturnas de um Par de Dois é um espectáculo de duas horas, com intervalo de quinze minutos.



SÁB 23 FEV 22H00
SICA | 10€
PASSE 1.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 12€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
(PASSES C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)
VARIEDADES


ENA PÁ 2000

www.enapa2000.com
www.myspace.com/bananaproducoes

Guitarra e voz: Lello Minsk
Percussão e voz: Ray Bonga
Guitarra e voz: Roger Ajacto
Teclas e acordeão: Richard Kleiderman
Bateria: Humberto III
Baixo e voz: Escaravelho da Foz do Arelho  
Coros: As Valquírias (Cindy e Vacky)


No começo, os Ena Pá 2000, tinham a intenção de ser “a pior banda do mundo”. Falharam redondamente! Desde cedo se percebeu que a “pior banda” não era nada má, e com o rolar dos anos essa “falha” acentuou-se!
Apesar do boicote sistemático da rádio, da televisão e dos grandes caciques do imperialismo cultural, nomeadamente as editoras multinacionais, a voz do povo falou mais alto, e hoje em dia, passados gloriosos 20 anos, os Ena Pá 2000 são indiscutivelmente uma das referências culturais de antologia no passado recente de Portugal.
No seu percurso orgulhosamente semi-clandestino, esgotaram plateias desde o saudoso Rock Rendez Vous, até ao Pavilhão Carlos Lopes – que rebentou pelas costuras durante o famoso Merdaconcerto – passando com distinção em Coimbra, onde são reis da Queima das Fitas. E não foi à toa que foram convidados de honra para o encerramento da Expo 98.
A candidatura de Manuel João Vieira, líder da banda, às eleições presidenciais de 2001, veio acentuar ainda mais todo este carisma.
Palavras para quê? Senhoras e senhores, recebam com uma ovação os Ena Pá 2000!
 
Discografia
Ena Pá 2000 Project L.P.
Ena Pá 2000 Project C.D.
És Muita linda C.D.
Doces penetrações C.D. single
Opus Gay C.D.
Odisseia no Chaço C.D.
A Luta Continua C.D.
Ena pá 2000-O Concerto / O Candidato Vieira-Documentário - D.V.D duplo



SEX 29 FEV 22H00
SICA | 5€
PASSE 2.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 15€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
(PASSES C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)
CABARET


VAGABOND OPERA
(EUA)

http://www.vagabondopera.com/ http://www.myspace.com/vagabondopera
http://www.youtube.com/watch?v=r6OQEDlNCUE

Tenor de Ópera, acordeão: Eric Stern
Soprano de Ópera, saxofone alto: Lesley Kernochan
Baixo: Jason Flores
Bateria e percussão: Mark Burdon  
Saxofone tenor, voz: Robin Jackson
Violoncelo: Skip VonKuske


Cabaret Europeu! Dançarinas de Ventre dos Balcãs! Ópera Neo-Clássica! Teatro Judeu da Velha Europa!
Bem Vindos à Vagabond Opera, trupe de seis membros vinda de Portland, Oregon, EUA.

A Vagabond Opera é um grupo de variedades americano, que desde 2002 têm vindo a entreter e deliciar as suas audiências com uma amálgama única entre o estilo absurdo e boémio.
O seu trabalho é uma mistura eclética entre composições originais e tradicionais, mesclado com o ambiente da Velha Europa.

Os seus espectáculos são compostos por elementos tão díspares como excertos de Kurt Weil, Duke Ellington e Edith Piaf, jazz boémio de Paris, Tango, Dança do Ventre Balcânica e Arábica, misturados com cabaret europeu, absurdo e neo-clássico, tudo tocado com talento, exuberância e uma vertente alternativa e “vagabunda”.
Eric Stern, tenor, acordeonista, pianista e compositor com experiência no mundo da música clássica e da Ópera, é o fundador da Vagabond Opera, e a sua voz é o instrumento que unifica um todo.
O resto do grupo é composto por cinco membros, que tocam instrumentos tão diversos como o saxofone tenor, o baixo, o violoncelo e a percussão, que “navegam” através de canções sobre Vigaristas, Casamentos Judaicos, Vagabundos Parisienses e a bela e enigmática Marlene Dietrich.

Cada espectáculo é um cabaret de frases musicais riquíssimas, letras com verve (e cantadas em 11 línguas!) e uma presença em palco indomável (na vertente do sucesso que foi o espectáculo dos Yard Dogs Road Show, que em breve nos virão visitar de novo a Portugal, e também com passagem já garantida pelo Cine-Teatro de Estarreja).
A sua versatilidade musical e o seu extenso repertório permitem à Vagabond Opera estar em casa tanto em concertos de música clássica como em auditórios de jazz, cabarets contemporâneos e bares da boémia.
Relaxem e deixem que o espírito da Vagabond Opera vos arrebate para um mundo antigo de viajantes, vagabundos e galantes homens de fortuna!



SÁB 01 MAR 22H00
TEATRO | 1.ª PLATEIA 15€ | 2.ª PLATEIA 12,5€ | BALCÃO 10€
PASSE 2.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 15€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
(PASSES C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)
COMÉDIA | 120MIN. | M/12


OS MELHORES SKETCHES DOS MONTY PYTHON

BRUNO NOGUEIRA | MIGUEL GUILHERME | JOSÉ PEDRO GOMES | ANTÓNIO FEIO | JORGE MOURATO

www.uau.pt

Encenação: António Feio
Tradução e Adaptação: Nuno Markl
Cenário e Adereços: F. Ribeiro
Vídeo: Tiago Forte
Música: Alexandre Manaia
Figurinos: Bárbara Gonzalez Feio   
Desenho de Luz: Paulo Sabino
Coreografia: Paula Careto
Apoio Vocal: Carlos Coincas


Os Monty Python abriram os sentidos do mundo não só para a comédia, mas também para alguns temas importantes para as sociedades modernas: Como trocar papagaios mortos. Piadas enquanto armas mortíferas. Canibalismo em agências funerárias. A presença de cangurus na Última Ceia. A Uau, os actores António Feio, Bruno Nogueira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes e Miguel Guilherme, prestam a devida homenagem aos génios que lhes ensinaram boa parte daquilo que sabem sobre comédia, sobre o lado bonito da vida e sobre a arte de evitar ser esmagado por um pé gigante vindo sabe-se lá de onde, numa sucessão imparável de sketches clássicos dos Monty Python, traduzidos e adaptados por Nuno Markl.

Este espectáculo é algo de completamente diferente.

(Nota: Este espectáculo não contém alces. Um responsável da Uau tentou incluí-los à força, mas já foi despedido.)


O melhor acontece quando às piadas britânicas se junta a capacidade dos actores nacionais construírem personagens próprias, superando o original” Correio da Manhã

"Os Melhores Sketches dos Monty Python"- o equivalente em português não lhe fica atrás, ao reunir cinco dos mais versáteis actores de comédia nacionais“ Diário de Noticias

Mas mesmo em português e em cima de um palco os Monty Python estão todos lá” Público

Prepare-se para rir de forma imparável” Destak

A selecção foi acertada” Expresso

Humor, loucura e muitas gargalhadas são os ingredientes garantidos num espectáculo que recorda os génios que revolucionaram a comédia” Tv Guia



DOM 02 MAR 16H00
TEATRO | 2,5€ C/ ENTRADA LIVRE DE UM ACOMPANHANTE ADULTO POR CRIANÇA
PASSE 2.º FIM-DE-SEMANA SÓ(R)RIR | 15€
PASSE GERAL SÓ(R)RIR | 25€
ENTRADA DE UM ADULTO C/ UMA CRIANÇA POR PASSE
(PASSES C/ LUGARES NA 2.ª PLATEIA OU BALCÃO PARA SKETCHES DOS MONTY PYTHON)
EVENTO INFÂNCIA / FAMÍLIA [1.º DOM. MÊS] | 45 MIN. | M/4


A ALDEIA DAS 4 CASAS
COMPANHIA DO CHAPITÔ


www.chapito.org
Baseado numa história de: Inês Pupo
Encenação: Gina Tocchetto
Assistência de encenação: Jaqueline Momesso
Interpretação: Leonor Cabral, Patrícia Adão Marques, Pedro Luzindro
Cenografia: Paulo Mosqueteiro
Figurinos: Flávio Tomé e Paulo Mosqueteiro
Banda Sonora: Gonçalo Pratas
Desenho de Luz: Paulo Cunha


Quatro casas fazem uma aldeia.
Quatro discussões fecham quatro casas.
Quatro chaves desaparecem.
Um miúdo sobe até à Lua, por causa de uma canção.
A Lua fala, e não é pouco!
Esta é a história do Joaquim Plutão.



Última criação para a infância da Companhia do Chapitô, A Aldeia das 4 Casas, possui um sentido de humor refinado e a sua linguagem é de uma extrema riqueza cénica e narrativa, respeitando na íntegra a inteligência e sensibilidade das crianças e do seu mundo. É no fundo, um trabalho que convida a aprender através do "Jogo teatral" e da expressão artística.

Na Aldeia das 4 Casas, os habitantes deixaram de comunicar e passam a vida a refilar. O Joaquim Plutão, quer mudar a situação, mas ninguém lhe dá ouvidos…
Pede ajuda à Lua, que lhe fala dos anciãos que nela habitam.
Os anciãos ouvem o pedido do Joaquim Plutão, e descem à aldeia para lhes dar uma lição.
Os velhos sábios, que comandam tudo o que acontece, no nosso planeta e nos outros, fecham as 4 casas, e guardam a chave na Lua.
O Joaquim sente-se responsável pela situação e logo se propõe a construir uma escada que o leve até à lua para trazer as chaves de volta.
Os habitantes da Aldeia desconfiam, mas depois, quase sem querer, acabam por ajudá-lo. Enquanto esperam pelo viajante, os habitantes juntam-se e conversam, como não faziam há muito tempo…
Conseguirá o Joaquim trazer de volta as chaves? Será que volta desta viagem? Conseguirá abrir as 4 Casas?
Regressa sim!!!
E é recebido pela Aldeia em festa, com todas as portas abertas…


CANÇÃO DOS ANCIÃOS DA LUA
QUATRO CASAS, TANTOS NOMES,
TRÊS MIL ZANGAS POR SEGUNDO!
UMA ALDEIA, NENHUM SONHO,
ESTE POÇO NÃO TEM FUNDO.
BATEM QUATRO BADALADAS,
QUATRO HORAS, NOITE ESCURA.
O SILÊNCIO BATE PALMAS,
MAS É SOL DE POUCA DURA…
VAMOS CONTAR UM SEGREDO,
PODES NÃO PERCEBER NADA…
DORME E NÃO FIQUES COM MEDO,
ACORDA COM UMA CHARADA:
UMA ÁRVORE DE FRUTO
QUE ESTÁ MESMO AQUI AO PÉ,
UMA CERCA DE MADEIRA,
A MAIS ALTA CHAMINÉ!
COMEÇAS A ASSOBIAR
E UMA ANTENA SAI À RUA…
QUANDO TUDO ESTIVER PRONTO,
A ESCADA MAIS ALTA É TUA!
JÁ PODES CHEGAR À LUA!


A COMPANHIA DO CHAPITÔ

A Companhia do Chapitô é por excelência um espaço que convida a experimentar, inventar e criar, é nesta linha que tem desenvolvido um Teatro para a Infância, onde todos são mestres e aprendizes, procurando o enriquecimento criativo não só dos jovens, como dos adultos.
Desde 2003, tem-se vindo a constituir como um laboratório, abrindo as portas a novos e jovens artistas (autores, dramaturgos, actores, bailarinos, músicos, cenógrafos, figurinistas) de diversificadas linhas criativas procurando enriquecer e desenvolver uma linguagem que traduza o respeito pela sensibilidade das crianças e o seu direito à cultura, um teatro que integra uma série de linguagens sem desprezar a sua, que é a da magia absoluta.
Sensibilizar o público infantil para o teatro é para nós, um compromisso e um desafio, as criações para a Infância da Companhia do Chapitô procuram contribuir para que o gosto por esta forma artística desperte e se desenvolva em pleno. Como profissionais de Teatro sabemos que as linguagens possíveis são tantas quanto o número de peças a serem escritas, encenadas e representadas.
O nosso Teatro para a Infância é criança: brinca, pensa, imagina, sonha e faz sonhar…


A EQUIPA

Autora

Lembro-me bem das histórias que os meus pais e a minha avó me contavam, para eu adormecer.
Quando aprendi a ler, lia todos os cartazes que via na rua, todos os anúncios, todos os nomes dos livros que havia em minha casa.
Lembro-me do primeiro dia em que a minha professora da primária me deixou escrever com caneta – uma bic!
As histórias que já ouvi e li fazem-me companhia quando ando na rua, quando acordo alegre ou triste, quando estou à espera de entrar para o dentista… E fazem com que eu sinta uma vontade enorme de escrever outras histórias, que façam companhia a quem quiser.
Inês Pupo

Encenadora

Foi no galho mais forte de goiabeira lá de casa que inventei ser princesa, mãe, índio, filha do vento; foi lá, em noites de lua cheia, que percebi querer ser actriz, viver as vidas que não eram as minhas, e bailarina, para voar pelo espaço e não apenas caminhar nele.
Mas foi depois de ser actriz que descobri um outro prazer: encenar. Pegar num texto de autor, misturá-lo com os gestos e falas dos actores, vesti-los com roupas que o artista criou, fazê-los relacionar com os objectos que o aderecista inventou. Ajustar a música do compositor e pedir ao iluminador que imaginasse a melhor forma de evidenciar a movimentação do palco. Em suma, pegar nuns ingredientes e juntá-los equilibradamente de forma a surgirem vida e histórias.
Gina Tocchetto