sáb 21 nov 21H30
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CARLOS BICA - JOAO PAULO DUO

ESTARREJAZZ'09
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O contrabaixista Carlos Bica e o pianista João Paulo são músicos e amigos de longa data cujo currículo dispensa qualquer apresentação.

Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do Jazz europeu. Lidera vários projectos musicais, para além de participações em outras áreas como teatro, cinema e dança. Quando se fala da música de Carlos Bica a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas. O que corresponde, como seria natural, à própria trajectória do intérprete compositor.

O álbum Single, o seu primeiro álbum de contrabaixo solo, foi nomeado pela revista Blitz como um dos melhores álbuns nacionais em 2005. Neste concerto vamos poder contemplar este encontro íntimo entre músico e instrumento, contando ainda com a magia ao piano de João Paulo Esteves da Silva.

Sobre João Paulo Esteves da Silva, disse Mário Laginha: "O João Paulo é um músico com características raras. O seu enorme talento abarca a composição, a interpretação e a improvisação.”

 

O contrabaixista Carlos Bica e o pianista João Paulo são músicos e amigos de longa data cujo currículo dispensa qualquer apresentação.

Carlos Bica é um dos poucos músicos portugueses que alcançou projecção internacional, tendo-se tornado uma referência no panorama do Jazz europeu. Lidera vários projectos musicais, para além de participações em outras áreas como teatro, cinema e dança. Quando se fala da música de Carlos Bica a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas. O que corresponde, como seria natural, à própria trajectória do intérprete compositor.

O álbum Single, o seu primeiro álbum de contrabaixo solo, foi nomeado pela revista Blitz como um dos melhores álbuns nacionais em 2005. Neste concerto vamos poder contemplar este encontro íntimo entre músico e instrumento, contando ainda com a magia ao piano de João Paulo Esteves da Silva.

Sobre João Paulo Esteves da Silva, disse Mário Laginha: "O João Paulo é um músico com características raras. O seu enorme talento abarca a composição, a interpretação e a improvisação.”

Carlos Bica

Ao primeiro álbum "Azul" editado em 1996 e que é considerado pela crítica como um dos melhores álbuns nacionais de Jazz de sempre, seguiram-se os álbuns "Twist" (1999), "Look what they've done to my song" (2003) e "Believer" (2006) que receberam igualmente enormes elogios da imprensa internacional.

Quando se fala da música de Carlos Bica a crítica costuma salientar a forma como nela se interpenetram referências de diferentes universos, da música erudita contemporânea à folk, ao rock, ao jazz, às músicas improvisadas. O que corresponde, como seria natural, à própria trajectória do intérprete compositor. Aprendeu a tocar contrabaixo na Academia dos Amadores de Música, nos Cursos de Música do Estoril e na Escola Superior de Música de Würzburg, na Alemanha. Foi membro da Orquestra de Câmara de Lisboa, assim como de diversas orquestras de câmaras alemãs, tais como, a Bach Kammerorchester e a Wernecker Kammerorchester. Fez muita música improvisada, durante anos tocou com Maria João, trabalhou e gravou na área da música popular portuguesa com Carlos do Carmo, José Mário Branco, Janita Salomé, Camané e participou em inúmeros festivais de Jazz internacionais em colaboração com músicos como Kenny Wheeler, Ray Anderson, Aki Takase, Alexander von Schlippenbach, Lee Konitz, Mário Laginha, Albert Mangelsdorf, Joäo Paulo, Matthias Schubert, Paolo Fresu, António Pinho Vargas, Steve Arguelles, John Ruocco e entre outros.

A necessidade de projectar na música as vivências do seu percurso musical e o enorme fascínio pelo som da voz e dos instrumentos de arco, levou Carlos Bica até ao projecto "DIZ", que teve a sua estreia no Festival dos Cem Dias/ Expo'98. Este projecto foi editado pela Enja Records em 2001 e recebeu o prémio de "Melhor disco do ano" da Antena 1/ Cinco minutos de Jazz.

Tal como Paris nos anos cinquenta, Berlim é nos dias de hoje um feliz refúgio para os criadores de arte. Tendo Berlim como uma das suas estações, Carlos Bica tem desfrutado dos muitos felizes encontros entre músicos provenientes de culturas e escolas muito diversas. Azul, Diz, Tuomi, Bica-Klammer-Kalima, Essencia, Tango Toy são alguns dos projectos com músicos internacionais que tiveram Berlim como local de nascimento.

Em Outubro de 2005 Carlos Bica edita o álbum "Single" (Bor Land), o seu primeiro álbum de contrabaixo solo, onde músico e instrumento se encontram a sós e onde Bica revela o seu lado musical mais íntimo. "Single" foi nomeado pela revista "Blitz" com um dos melhores álbuns nacionais em 2005.


João Paulo

João Paulo nasceu em Lisboa em 1961 de mãe pianista. Começou muito cedo os seus estudos musicais, na Academia de Santa Cecília, iniciando-se rapidamente no piano. Posteriormente, ingressou no Conservatório Nacional, onde, em 1984, obteve o diploma do Curso Superior de Piano com a classificação máxima.

Com uma bolsa de estudo da Secretaria de Estado da Cultura, muda-se imediatamente para Paris. Aí, durante três anos, aprofunda os seus estudos no Conservatório de Rueil-Malmaison e obtém sucessivamente as mais altas distinções - Médaille d' Or, Prix Jacques Dupont, Prix d' Excellence e Prix de Perfectionement.

Terminados os estudos, permanece em Paris durante mais quatro anos, dando vários recitais em França e Estados Unidos, dos quais se destacam os de Nova Iorque (Carni Hall em 1986 e Carnegie Hall em 1989).

Mas quando abandona Portugal, em 1984, interrompe uma já extensa actividade na área do jazz e da música popular. O primeiro reflexo público dessa sua actividade musical surge em 1979, com a participação do grupo Quinto Crescente no Festival de Jazz de Cascais 79.

Esta formação, que ainda hoje perdura na memória de muita gente, era constituída, para além do próprio João Paulo (piano), por Luís Caldeira (saxofone), Laurent Filipe (trompete), Pedro Wallenstein (contrabaixo) e José Martins (bateria). Entre 1979 e 1981, com o contrabaixista José Eduardo e o baterista José Martins, forma um trio, famoso na época, que desenvolveu concertos e serviu como base de acompanhamento a numerosos músicos estrangeiros. É também desse período o seu trabalho como professor da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal.

Na área da música popular, e igualmente nessa altura, participa como pianista acompanhante em numerosos discos de artistas nacionais. Destaca-se a sua colaboração com Fausto ("Por este rio acima"), José Mário Branco ("Ser solidário") e Sérgio Godinho. Foi com este último que desenvolveu um trabalho mais intenso: acompanhou-o em espectáculos e colaborou, primeiramente como músico (1981), no disco "Canto da boca", sendo mais tarde (1983) o arranjador e director musical do álbum "Coincidências"

Em 1992, depois de oito anos em França, regressa a Portugal e, de imediato, reconstitui as relações profissionais que interrompera em 1984. Colabora, então como arranjador e director musical no álbum que Vitorino compõe sobre textos de António Lobo Antunes "Eu que me comovo por tudo e por nada" (1992). O excelente trabalho que assina neste disco não passa despercebido da crítica, merecendo-lhe uma distinção especial: o Prémio José Afonso – galardão que a Câmara Municipal da Amadora atribui anualmente aos melhores trabalhos da música portuguesa – pela primeira vez entregue a um arranjador.
Com Sérgio Godinho, companheiro de outros tempos agora reencontrado, grava "Tinta permanente" (1993), em que se encarrega dos arranjos e direcção musical, tarefa que se estende igualmente aos espectáculos, sendo de destacar a encomenda de Lisboa '94 levada à cena no Coliseu dos Recreios. Ainda em 1993, funda com o pianista Mário Laginha a orquestra de câmara "Almas e Danças" que, em Março de 1995, deu um concerto memorável no Centro Cultural de Belém.

Em 1994, trabalha em "L'Amar", o disco de estreia de Filipa Pais, para quem compõe três temas, faz os arranjos e a direcção musical. Simultaneamente, realiza uma série de improvisações na Cinemateca Nacional como acompanhante de filmes mudos e actua como solista com a Orquestra do Norte.

Colabora regularmente com músicos como Tomás Pimentel, Carlos Martins, Pedro Caldeira Cabral, Mário Laginha, Pedro Burmester e Maria João, entre outros. Dessas colaborações resultam numerosos concertos e a participação em mais um disco, "Descolagem" (1994), o álbum estreia do septeto do trompetista Tomás Pimentel.

Juntamente com Jorge Reis, Mário Franco e José Salgueiro, forma o quarteto de João Paulo. É com esses músicos que grava "Serra sem fim", o primeiro disco em seu nome.

Presentemente, as suas «working bands» são NASCER, que se dedica à música tradicional portuguesa e sefardita, o trio AS SETE ILHAS DE LISBOA, música improvisada com Paulo Curado e Bruno Pedroso e o trio COR com Cláudio Puntin e Samuel Rohrer.

Nos últimos tempos, tem tocado regularmente em duo com o contrabaixista Carlos Bica.
Destacam-se também vários projectos, em frança, em colaboração com Jean-Luc Fillon, oboé, nomeadamente o quarteto Oborigins, com Michel Godard, tuba, e Jarod Cagwin, percussão.

Para além disto, continua a fazer recitais a solo, quem já presenciou, diz que é a melhor maneira de se compreender toda a sua magia.

Dele disseram:

Sérgio Godinho: "1980. Tinham-me vindo falar dele, o Zé Carrapa e o Luís Caldeira, e segredavam-me o seu nome como se de um mistério se tratasse: "Há um tipo que se chama João Paulo , que se senta ao piano e ...". Sobravam os elogios. E de facto o João Paulo entrou com o seu piano pelo "Canto da boca" dentro, passeou o seu fulgor de intérprete e arranjador pelo "Coincidências", pelos meus primeiros Coliseus, por muitos espectáculos que me marcaram. Foi para França, perdi-lhe o rasto. E, depois, voltou ainda melhor e fez comigo o "Tinta permanente". Devo-lhe alguns sons importantes da minha vida, e isso é de facto um mistério que me apetece partilhar: "Há um tipo que se chama João Paulo."

Mário Laginha: "O João Paulo é um músico com características raras. O seu enorme talento abarca a composição, a interpretação e a improvisação. Tem uma imensa inteligência musical e é ainda um músico muitíssimo estimulante para partilhar ideias, opiniões e experiências. Nos dias que correm, ouvir música inspirada não é, na minha opinião, de todo vulgar. A música do João Paulo é! Gozemos o privilégio de a ouvir."

Vitorino: "Palavras para quê? O que é bom é ouvi-lo ao vivo. Não cede nem um milímetro no essencial. É senhor de umas mãos prodigiosas e de um grande talento. E é um grande amigo! Chama-se João Paulo Esteves da Silva."

DISCOGRAFIA:
Serra sem fim (Farol, 1995)
Almas e Danças (Farol, 1996)(inédito)
O Exílio (MA recordings, 1999)
Almas (MA recordings, 2000)
Esquina MA recordings, 2001)
Nascer MA recordings, 2002
Roda (L'empreinte Digitale, 2002)
As Sete Ilhas de Lisboa (Clean Feed, 2003)
Memórias de Quem ( Clean Feed, 2007)