Big Band Estarrejazz: Grande estreia em novembro

A tradição do jazz vai rechear o primeiro concerto da Big Band Estarrejazz marcado para novembro, no âmbito da 8ª edição do festival. Cinco meses depois do início dos ensaios a Big Band Estarrejazz quer posicionar-se ao nível das melhores do país.

Resultado da Masterclass Estarrejazz, inserida na edição de 2012 do Festival, com direção pedagógica e musical a cargo de Pedro Moreira e acompanhamento semanal de João Mortágua, a Big Band Estarrejazz afirma-se como o passo seguinte dado pelo festival ao nível da sua vertente formativa. “Dar seguimento ao trabalho de workshops, juntar músicos com regularidade e criar uma extensão do Estarrejazz” são os principais motivos que levaram à criação da Big Band, conforme enumera Paulo Bandeira, diretor artístico do Estarrejazz, Festival de Jazz de Estarreja que em 2013 conta com a sua 8ª edição.

Composta por 15 jovens músicos, a Big Band diferencia-se das restantes precisamente pela “idade dos músicos que a compõem”, entre os 13 e os 30 anos, provenientes de várias localidades da Região de Aveiro “um viveiro de músicos impressionante”, na opinião de Pedro Moreira, mas também do Porto. Outra das mais-valias desta nova orquestra de jazz apontada pelo diretor pedagógico é a “qualidade incrível e o potencial enormíssimo de desenvolvimento”, que os músicos transferem para a Big Band, capaz de a tornar “numa orquestra de referência na área”.

O concerto de estreia está agendado para o mês de novembro, no âmbito da 8ª edição do Festival que lhe deu nome, espírito e contexto. Para futuro, Paulo Bandeira pretende “colocar a Big Band a tocar pelo país e pelos festivais de jazz”.

Estreia em casa antes de percorrer o país

Ao vivo vai ser possível assistir ao resultado destes meses de ensaios, num concerto composto por standards do jazz como “A Foggy Day”, “They Can’t Take That Away From Me” e ainda peças de compositores como Stan Kenton, Duke Ellington, Count Basie e também Sammy Nestico “uma referência na escrita para Big Band e para grupos de formação”, destaca Pedro Moreira.

É dentro dos clássicos do jazz que o trabalho tem estado a ser feito numa primeira fase. “Estamos a tocar peças dos principais compositores deste género específico do jazz que é a big band” – explica Pedro Moreira, lembrando as especificidades de uma Big Band. A importância do repertório base do jazz é também apontada por Miguel Sampaio, músico de 25 anos. O baterista da formação, movido pela vontade de tocar, aprender e também por um fascínio especial pela liberdade do jazz, acredita que “sem a tradição não se tem o resto”. A ambição dos responsáveis espelha-se nos músicos. “Todos queremos que a Big Band continue” - refere Miguel Sampaio – e que “se torne numa orquestra profissional”.

Depois de se “ganhar uma identidade própria e respiração de conjunto” a Big Band Estarrejazz passa para uma segunda fase de trabalho, com a inclusão de peças contemporâneas e de compositores portugueses. O diretor pedagógico e musical afirma que para já é preciso “desenvolver tarimba”, mostrando que trabalho não falta a estes 15 músicos para os próximos meses.

A Rua Visconde Valdemouro vai continuar a acordar, todos os domingos, ao som do jazz, com notas e improvisos libertados por saxofones, trombones, trompetes, contrabaixo, guitarra e bateria. Em novembro, o palco da Big Band Estarrejazz deixa de ser o Bar do CTE e passa para o auditório, anunciando aquilo que será uma preenchida jornada com o nome do festival a ser levado para lá das fronteiras da região.

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