ELAS SOU EU!!! (O QUE A GENTE NÃO FAZ PARA PAGAR A RENDA)

SÁB 20 OUT 21H30

TEATRO | 10€
COMÉDIA MUSICAL | 90 MIN. | M/16

Texto e interpretação: Eduardo Gaspar
Encenação: Hugo Sovelas
Espaço cénico: LDC Interiores
Figurinos: Eduardo Gaspar
Acessórios: Anna Ludmilla
Perucas e maquilhagem: Moreno cabeleireiros
Banda sonora: Eduardo Gaspar e Hugo Sovelas
Arranjos musicais: Marco Pombinho
Sonoplastia: Maria João Castanheira
Desenho de luz: Eduardo Gaspar
Criação Gráfica: Alexandra Bernardes
Fotografias e Pós-produção em Vídeo: Cristina Novo e Adriano Silva
Operação de som, luz e vídeo: Sérgio Silva
Produção: Teatro Novo do Brasil
Organização: 100 Ilusões - Produções Culturais e Teatro Novo do Brasil


O que acontece quando uma empregada doméstica consegue convencer o seu patrão, às vésperas de uma estreia, de que ele é um péssimo actor? Ele mata-se? Despede a empregada por justa causa? Ou simplesmente deixa de aparecer no teatro dando, sem saber, oportunidade à empregada de tomar o seu lugar no espectáculo???

Esta é a história de Lucineide (nome da perigosa empregada), que foi capaz de tudo para desencorajar o seu patrão unicamente pela oportunidade de voltar a pisar num palco. Não tivesse ela sido actriz em tempos remotos; não tivesse ela a certeza de que talento é uma coisa que não se perde e de que, o sucesso é uma conjunção deste dom inato com uma grande dose de sorte. E se a sorte não lhe tivesse faltado, muito provavelmente Lucineide não teria enganado o seu patrão. Mas Lucineide o enganou e agora está disposta a ir até às últimas consequências para tornar-se uma actriz mundialmente famosa. Até mesmo roubar o guião da peça, decorar o texto na calada da noite e ainda alterar por completo uma cena do espectáculo sem o menor arrependimento.

Assim é Lucineide, uma mulher frustrada que confessa ao público a sua decepção por ela, ao contrário das grandes vedetas, ter uma vida normal, sem nenhum acontecimento trágico que a tivesse deixado completamente abalada… E a maior das suas decepções é sem dúvida a de não carregar nenhum trauma de infância… Mas a vida de Lucineide não é feita só de decepções: Sonha poder reencontrar o grande amor da sua vida: um conhecido ídolo da música romântica por quem é perdidamente apaixonada.
Lucineide colocará a prova o seu talento, representando no espectáculo “Elas sou Eu” mulheres que, como ela, nunca deixam de sonhar e que são capazes das maiores artimanhas para realizarem os seus sonhos.
A primeira será Berenice, uma fogosa mulata de São Salvador da Baía. Vendedora ambulante de brigadeiros, ficou ignorante ao abandonar a escola. E a sua pior ignorância foi ter casado com Adalberto, seu companheiro de dezassete anos que, segundo ela, não era um marido e sim uma “ameba”. Para salvar o casamento, Adalberto resolve comprar, às prestações, um aparelho de vídeo cassete, o que acaba por ser a sua ruína. Ao assistir a um filme alugado pelo marido, Berenice descobre que foi enganada pelo único homem que, até então, havia conhecido na intimidade. Separada de Adalberto, vive um tórrido romance com Edmundo, um negro de Benguela com quem irá partilhar as delícias da sétima arte.
Madame Ferrandini é uma mulher da alta sociedade que tenta, a todo custo, livrar-se do fantasma do seu marido. À revelia das filhas, Maria Cláudia e Maria Cleide, não mede esforços para concretizar o seu intento. Uma história sobrenatural que terá um fim trágico, graças a interferência de uma imigrante portuguesa, mulher de má vida, que está sempre a intrometer-se no caminho de Madame Ferrandini.
Por fim, a misteriosa irmã Bondade, religiosa não por vocação, mas pelo desígnio do próprio nome, vive, segundo consta, pois nunca foi vista por ninguém, enclausurada num convento, algures em alguma parte do planeta. Sabe-se apenas que guarda consigo um segredo que jamais será desvendado…