S.I.R.E.N.E.S.
SEX 25 ABR ~ SÁB 26 ABR
PASSE GERAL | 1.ª PLATEIA 18€ | 2.ª PLATEIA 14€
FESTIVAL DE MÚSICA(S)
SOLUÇÕES IRREVERENTES REVELAM AO ESPECTADOR NOVOS ESTILOS SONOROS
SEX 25 ABR 21H30
1.ª PLATEIA 10€ | 2.ª PLATEIA 8€
SÁB 26 ABR 21H30
1.ª PLATEIA 14€ | 2.ª PLATEIA 10€
SEX 25 ABR ~ SÁB 26 ABR
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
A COR DO SOM PORTUGUÊS
Abril de 2008 fica marcado com a primeira edição do Festival S.I.R.E.N.E.S., um Festival de Música(s) que visa ser uma mostra de sonoridades singulares no panorama artístico.
Precisamente por isso o festival adopta a sigla S.I.R.E.N.E.S. - Soluções Irreverentes Revelam Ao Espectador Novos Estilos Sonoros.
Porque são sons em alerta, é urgentes escutá-los!
O Festival decorre no fim-de-semana de 25 e 26 de Abril de 2008, associando-se de forma simbólica à Revolução dos Cravos, porque acreditamos que os nomes em cartaz são também eles uma revolução de sonoridades e musicalidades "frescas", projectos que se afirmam como "pedradas no charco" no marasmo do panorama musical mais mainstream...
Escolhemos esta data em particular, porque o que une estes projectos, bandas e músicos, não é apenas a língua de Camões, mas sobretudo a atitude de não se acomodarem e combaterem os "cânones" estereotipados pela ditadura do airplay das rádios e do consumo fácil e imediato...
Na primeira noite do Festival aguardam-nos três apresentações.
Jorge Cruz abrirá o programa do Festival num registo a solo baseado no seu mais recente disco Poeira. Este jovem músico, natural da cidade de Aveiro, tem vindo a afirmar-se como um dos grandes compositores no panorama da música nacional.
Seguir-se-á Deolinda, um novíssimo e original conceito de música popular de Portugal inspirado pelo fado e pelas raízes tradicionais da canção portuguesa.
A encerrar a noite de sexta-feira as Tucanas, um grupo de percussão criativa no feminino, apresentarão um espectáculo com forte componente cénica, influenciado pelo Teatro, a Dança e a Música Tradicional Portuguesa, Africana e Brasileira.
No sábado, dia 26 de Abril os espectáculos começarão com a dupla formada por Luanda Cozetti na voz e Norton Daiello, no baixo eléctrico – Couple Coffee. Mas os Couple Coffee trazem um convidado especial para abrilhantar ainda mais a apresentação – J.P. Simões.
O Festival S.I.R.E.N.E.S. encerrará com Jacinta, que apresentará o seu mais recente trabalho Convexo [a música de Zeca Afonso], que tem como base música de cariz popular português, transformando-a com uma abordagem jazzistica “cool”. As novas harmonias e a forte abordagem rítmica desenvolvem as composições celebrizadas por Zeca Afonso e conferem-lhes frescura e modernidade. Jacinta foi considerada a melhor jovem artista de jazz do continente europeu em 2007, sendo portanto um valor emergente no panorama mais vasto da música a nível global.
Paralelamente ao programa musical do Festival S.I.R.E.N.E.S., estará patente no foyer do Cine-Teatro a exposição A Cor do Som Português, da autoria do fotógrafo Sérgio Neto que nos apresenta reportagens fotográficas realizadas em vários palcos de Portugal ao longo dos anos de 2006 e 2007.
Como habitual neste tipo de eventos, é possível a aquisição individual de entradas para cada um dos dias do Festival S.I.R.E.N.E.S., ou então a aquisição de Passe Geral para ambos os dias, com aplicação de descontos
http://www.myspace.com/jorgecruzpoeira
Voz, Guitarra e efeitos: Jorge Cruz
http://www.myspace.com/deolindalisboa
Voz: Ana Bacalhau
Contrabaixo: Pedro Leitão
Guitarras clássicas: Pedro da Silva Martins e Luis José Martins
http://www.myspace.com/tucanas
Percussão corporal, bidons, acordeão, cabaças, surdos, djembés, dumbas: Ana Claudia, Marina Henriques, Mónica Rocha, Sara Jonatas e Catarina Ribeiro
http://www.myspace.com/couplecoffee
Voz: Luanda Cozetti,
Voz e Guitarra: J.P. Simões (convidado especial)
Baixo eléctrico: Norton Daiello
http://www.jacintaportugal.com/
Voz: Jacinta
Piano: Rui Caetano
Bateria: Bruno Pedroso
Jorge Cruz lança-se à estrada num espectáculo inteiramente a solo, direccionado para pequenas salas e auditórios, baseado no seu mais recente disco Poeira. Uma grande interpretação no formato “one man show”, onde Jorge Cruz cria ritmos e sons tudo in loco.
Jorge Cruz lançou o seu primeiro álbum (Sede) em 2004 e mostrou-nos que a sua música vive de momentos de inspiração e de muito talento. Sede foi um trabalho íntimo e intimista, onde se prova que as boas canções ainda fazem todo o sentido.
Com um novo trabalho (Poeira) editado em Maio de 2007, Jorge Cruz volta a apostar num conjunto de canções inspiradas, mas com uma nova roupagem, alcançando assim outros ambientes musicais.
Poeira revelou-se um dos melhores álbuns de música portuguesa do ano, e afirmou Jorge Cruz como um dos grandes compositores no panorama da música nacional.
Há quem ache estranho...
Por que é que Portugal,
com um clima tão ameno,
com praias tão agradáveis,
com mulheres tão bonitas,
com tão boa comida e um vinho tão extraordinário,
tem uma música tão triste e melancólica como o fado...
- Há quem não conheça a Deolinda!
Deolinda é um novíssimo e original conceito de música popular de Portugal inspirado pelo fado e pelas raízes tradicionais da canção portuguesa. Nascido em 2006 e com um trabalho já bastante reconhecido e acarinhado pela crítica em Portugal, têm actuado um pouco por todo o país, tendo conseguido um dos melhores concertos na última edição do Festival Sons em Trânsito em Aveiro.
ANA BACALHAU
Nasceu em Lisboa, em 1978. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas- Português/Inglês e Pós-Graduada em Ciências Documentais, Arquivo, estuda canto com a Soprano Lia Altavilla durante dois anos. Foi membro fundador da banda de música moderna portuguesa Lupanar, com quem participa, em conjunto com alguns dos maiores nomes da música portuguesa, num CD de homenagem a Carlos Paredes. Formou ainda um trio de Jazz de nome Tricotismo, com o qual actuou em diversos palcos.
O que dizem de mim…
“…indispensável….”
A Trompa - Blog de crítica musical português
“Deolinda: os anti-Madredeus”
Mário Lopes – Jornalista e Crítico Musical
“Isto sim é Fado! A Deolinda é um dos projectos mais interessantes que os meus ouvidos conheceram.”
atritos-sonoros.blog.pt – Blog de crítica musical português
“Deolinda, orgulhosa suburbana é um tesouro por revelar. É a Lisboa de 2007 – e José Afonso e Madredeus. Sem discos editados, já são um fenómeno!"
Mário Lopes - Jornal Público - 27 de Abril 2007
“Tem vida curta a Deolinda, mas há nela uma frescura e uma capacidade de criar canções – assim mesmo, com todas as letras, com melodias simples e versos certeiros – que nos cativam. Há nela, também, uma bem vinda capacidade de recriar imaginários tradicionais e de os retirar do lugar cristalizado onde subsistem. Mantém-lhes aquilo que do espirito não se apaga e dá-lhes vida aqui e agora...”
Mário Lopes - Jornal Público - 27 de Abril 2007
PEDRO DA SILVA MARTINS
Nasceu em Lisboa em 1976, durante vários anos foi argumentista de séries e programas da televisão portuguesa. Fundou o grupo de música tradicional portuguesa, Bicho de 7 Cabeças, onde se destacou como autor, compositor e guitarrista.
LUIS JOSÉ MARTINS
Nasceu em Lisboa em 1978, estudou guitarra clássica em Portugal e em França com algumas das figuras mais proeminentes da guitarra a nível internacional. Formou grupos de música de câmara, música contemporânea e experimental. Actualmente é responsável pela área musical do Centro de Novas Tendências Artísticas de Castelo Branco.
JOSÉ PEDRO LEITÃO
Nasceu em Aveiro em 1979. Licenciado em Engenharia Civil, estuda contrabaixo na Escola de Jazz do Hot Clube e no Conservatório Nacional. Foi membro da Orquestra Sinfónica Juvenil e da Big Band da Juventude. Actuou em diversas formações de Jazz tendo formado um trio de Jazz de nome Tricotismo. Com a banda de música moderna portuguesa Lupanar, participa, em conjunto com alguns dos maiores nomes da música portuguesa, num CD de homenagem a Carlos Paredes.
As minhas pequenas histórias…
O FADO NÃO É MAU
Ai tristeza,
eu jurei por nunca mais cantar o fado.
Foi por amor que o calei,
por amor ao meu namorado...
“ o fado é mau
corrompe a alma com demónios,
manjericos, Santo Antónios
amores vagos e episódios
de faca e alguidar
ainda para mais é um negócio
de direita
que esta malta aproveita
para se vangloriar
fica aí no teu cantinho!”
- diz-me assim com carinho,
meu amor, para não cantar –
Meu amor, mas o destino
não se roga e fez ouvidos
moucos, ao que eu fiz jurar,
Aqui me tens a confessar:
foi apenas o destino
que é cruel e pequenino
que nos quis vir separar...
Ai tristeza,
podem ver quebrada aqui já a promessa...
e esta voz canta a doer:
sem fado nem amor, que resta
O fado não é mau
não é um crime ou um defeito
é um emaranhado de cordões
que nos entrelaça o peito
e precisa de ser solto
corre o risco de sufoco
quem prende o fado na voz
e anda ali com aqueles nós
a apertarem na garganta
é mais rico quem o canta,
pobre, quem lhe dá prisões
Tu e eu não somos dois
meu amor, tens de pensar
que isto é pegar ou largar
são estas as condições:
tu e eu e as canções
Um peito que canta o fado
tem sempre dois corações!
NÃO SEI FALAR DE AMOR
Ó vizinho ora bom dia
como vai a saudinha?
eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e este tempo?
a chuva dá pouco alento...
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o carteiro?
que se engana no correio...
e eu não sei falar de amor...
e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...
a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...
e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar
e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar...
Ó vizinho e a novela?
será que ele ficou com ela?
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho e o respeito?
não se leva nada a peito...
e eu não sei falar de amor...
Ó vizinho então Adeus
vou cuidar de sonhos meus
que eu não sei falar de amor...
e soubesse eu artifícios
de falar sem o dizer
não ia ser tão difícil
revelar-te o meu querer...
a timidez ata-me a pedras
e afunda-me no rio
quanto mais o amor medra
mais se afoga o desvario...
e retrai-se o atrevimento
a pequenas bolhas de ar
e o querer deste meu corpo
vai sempre parar ao mar...
CONTADO NINGUÉM ACREDITA
Ai contado ninguém acredita
Quando eu vou na procissão
Não há moça mais bonita
Ai contado ninguém acredita
Vão os santos pelo chão
E eu no andor da santinha
Que é milagre
Diz quem sabe
Eu não sei
Mas até a virgem mãe
Me gabou a casaquinha
Que é milagre
Diz quem sabe
Eu não sei
De tão bela até ganhei
Um altar na capelinha
Ó mas ainda não sou Deus
Para reinar aos olhos teus
Que só olham o Divino
E eu tão bela e imaculada
Só não sou idolatrada
Por quem eu mais admiro
Ai contado ninguém acredita
Quando eu vou na procissão
Até o menino assobia
Ai contado ninguém acredita
Os homens em multidão
Fazem a mim romaria
Que é milagre
Diz quem sabe
Eu não sei
Se é das unhas que eu pintei
Se é da luz que me alumia
Que é milagre
Diz quem sabe
Eu não sei
Mas todos dizem que o meu bem
Lhes dá mais sentido à vida...
Ó mas ainda não sou Deus
Para reinar aos olhos teus
Que só olham o Divino
E eu tão bela e imaculada
Só não sou idolatrada
Por quem eu mais admiro
FADO CASTIGO
Proibissem a Saudade de cantar...
havia de ser bonito!
Entre os versos
da canção mais popular
lá ia o dito por não dito
e a guitarra sob escuta
na batuta de outras modas
esconde no trinar das cordas o pesar
e o poeta vigiado
forçado ao assobio
carpe as mágoas do destino sem mostrar
e ao calor de uma fogueira, um amigo,
com a voz mais aquecida lá entoa
que a Saudade
mais que um crime é um castigo e, prisão por prisão,
temos Lisboa...
Proibissem a Saudade de cantar...
havia de ser bonito!
Entre os versos
da canção mais popular
lá ia o dito por não dito
e a guitarra sob escuta
na batuta de outras modas
esconde no trinar das cordas o pesar
e o poeta vigiado
forçado ao assobio
carpe as mágoas do destino sem mostrar
e ao calor de uma fogueira, um amigo,
com a voz mais aquecida lá entoa
que a Saudade
mais que um crime é um castigo e, prisão por prisão,
temos Lisboa...
FADO TONINHO
Dizem que é mau, que faz e acontece
arma confusão e o diabo a sete
Agarrem-me que eu vou-me a ele!
não sei o que lhe faço
desgrenho os cabelos
esborrato os lábios
Se não me seguram
dou-lhe forte e feio
beijinhos na boca
arrepios no peito
e pagas as favas
eu digo, enfim,
ó meu rapazinho
és fraco para mim!”
De peito feito ele ginga o passo
arregaça as mangas e escarra pró lado
Anda lá, ó cobardolas
vem cá mano a mano!
eu faço e aconteço
eu posso, eu mando
Se não me seguram
dou-lhe forte e feio
beijinhos na boca
arrepios no peito
e pagas as favas
eu digo “– enfim,
ó meu rapazinho
sou tão má para ti!”
Ó meu rapazinho, ai...
Eu digo assim:
Se não me seguram
dou cabo de ti!
Músicas e letras: Pedro da Silva Martins
Percussão criativa no feminino: é este o cartão de visita das Tucanas. São cinco mulheres que apostaram os seus argumentos criativos na construção de instrumentos e composição de temas inspirados nas tradições portuguesas, africanas e brasileiras.
Desde 2001 têm vindo a desenvolver um projecto com novas sonoridades através da percussão, voz e acordeão. São compositoras de todos os seus temas, inspirados nas suas vivências pessoais. Utilizam o próprio corpo como instrumento, assim como bidons, acordeão, cabaças, surdos, djembés, dumbas e instrumentos que elas próprias idealizam.
Influenciado pelas suas actividades em áreas tão diversas como o Teatro, Dança ou Música Tradicional Portuguesa, o espectáculo das Tucanas tem uma forte componente cénica onde brincam e jogam com o ritmo e a harmonia dentro de um visual muito próprio, entre a sensibilidade feminina e a força rude de tocar percussão.
Este conjunto criativo de vozes e percussão apresenta-se agora com uma nova formação: o acordeão vem trazer uma sonoridade diferente à banda, contribuindo para a interdisciplinaridade entre os valores rítmicos da percussão e as linhas melódicas deste instrumento tão nosso.
Maria Café é o seu 1º primeiro registo discográfico gravado nos estúdios de Rui Veloso, em Vale de Lobos.
“O trabalho de estúdio foi uma experiência enriquecedora, permitindo a concretização de um sonho.” Este sonho poderá ser partilhado por um público cada vez mais ávido de projectos com a singularidade que as Tucanas agora apresentam.
As Tucanas esperam com este trabalho dar a conhecer a sua música a outros “mundos “.
“Mais do que um projecto no feminino, as Tucanas são uma forma diferente de querer fazer música de percussão procurando explorar novas sonoridades e uma expressão artística original”
Agência Lusa, N Lopes, Outubro de 2002
As Tucanas iniciaram esta viagem há cerca de 5 anos atrás (2001), quando duas amigas (a Mónica e a Sara), numa conversa informal, se lembraram de pegar nas suas aprendizagens e experiências musicais até aí desenvolvidas noutros projectos e formar um novo projecto de percussões só com mulheres.
Os recursos eram poucos e o dinheiro também, mas as ideias não paravam se surgir, e assim, começaram a surgir os primeiros temas de percussão, com instrumentos convencionais, com outros menos convencionais, e também construindo os seus próprios instrumentos.
As duas sozinhas pouco podiam fazer, e rapidamente o dueto passou a trio e logo a seguir a quarteto, com a entrada da Joana e da Tânia, que vieram enriquecer o projecto com as suas ideias e experiências.
Pouco tempo depois as Tucanas deram o seu primeiro espectáculo, no bar do “Teatro A Barraca”, onde contaram com a participação de André Ventura que deu ao espectáculo um pouco de melodia, através da sua gaita-de-foles e de outros instrumentos de sopro… A aceitação de quem viu foi grande, e assim a vontade de continuar a trabalhar ficou ainda mais aguçada.
Continuaram a surgir temas, instrumentos, ideias e engenhos, porque quatro cabeças pensam muito melhor que duas, mas cada vez sentíamos mais falta do elemento melódico!!!
Começamos à procura de um 5º elemento feminino, que nos trouxesse a melodia. Foi então que apareceu a Xana, cujo contacto surgiu por intermédio de amigos, e que trouxe uma enorme mais valia para o grupo, comp